segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Melhore a saúde do seu cabelo através da alimentação

Queda de cabelo, fios extra-finos, quebradiços e sem brilho podem ser sinônimos de uma alimentação desequilibrada.

O cabelo humano é composto por água, lipídios, pigmentos e principalmente por proteína (queratina) que corresponde entre 65% e 95% do peso da fibra capilar. A queratina é encontrada também na pele e nas unhas e ela é formada principalmente por cisteína, um aminoácido que contém enxofre em sua molécula.

A desnutrição capilar pode ocorrer por fatores emocionais, hereditários, hormonais, fluxo menstrual alterado, gravidez, uso de medicamentos, estados patológicos como infecções e utilização de produtos químicos como tinturas, descolorantes e alisantes. Problemas com a alimentação também ocasionam a queda de cabelo, deixam os fios muito secos ou oleosos, quebradiços e sem vida. Dietas de emagrecimento muito restritivas são o principal fator desencadeante da desnutrição capilar. Portanto, seguir uma dieta equilibrada e hábitos de vida saudáveis são importantes tanto para a manutenção do peso e da saúde do indivíduo, como manter cabelos, unhas e pele bonitos e saudáveis.

O que comer para deixar os cabelos mais saudáveis?

Silício: Um dos componentes mais importantes para o cabelo, participa da reconstituição capilar e previne o seu envelhecimento. O silício orgânico pode ser encontrado nas cascas das frutas, na aveia e na cevada, no trigo e arroz integrais. Mas está presente em maior quantidade em uma planta conhecida popularmente por Cavalinha (Equisetum arvense L.), que pode ser utilizada principalmente na forma de chá.

Manganês: Tem importância para a lubrificação e proteção da cutícula do cabelo, funcionando como uma barreira.  Alguns estudos evidenciam sua carência como causa da alopécia (queda de cabelo). Suas principais fontes alimentares são os cereais integrais, as frutas oleaginosas (amêndoas, castanha do Pará, nozes e amendoim), e as verduras.

Cálcio: Sua deficiência deixa os fios frágeis e quebradiços. O cálcio é encontrado em maior quantidade nos leites e derivados (queijos, iogurtes, requeijão), mas também é encontrado nos vegetais verde-escuros (brócolis, couve, espinafre), gergelim, amêndoas e algumas algas.

Zinco: É responsável pelo fortalecimento do cabelo. O mineral está presente principalmente nos peixes e frutos do mar, nas frutas oleaginosas (nozes, amêndoas, castanhas, na semente de girassol e na semente de abóbora.

Vitaminas do Complexo B: Auxiliam no crescimento do cabelo. Em geral, são encontradas nos frutos do mar, laticínios, hortaliças cruas, no ovo e nas frutas oleaginosas. As vitaminas do complexo B também são importantes para a pele e as unhas.

Além da ingestão destes nutrientes, também é importante a adoção de hábitos de vida saudáveis e o cuidado com a alimentação em geral. Algumas dicas simples podem ajudar você a manter os cabelos mais saudáveis, com crescimento adequado, brilho e volume ideais:

- Aumente a ingestão de água. Ela é importante para manter o corpo hidratado, inclusive os fios de cabelo. O ideal é que se ingira de 1,5 a 2,5 litros de água diariamente;
- Diminua o consumo de alimentos gordurosos como frituras, carnes gordas, salgadinhos, bolachas recheadas, manteiga e margarina. Os fios são formados também por lipídios e a alta ingestão de gorduras pode deixá-los mais oleosos;
- Não exagere no Sol. Ao se expor aos raios solares utilize chapéu ou protetor solar exclusivo para o cabelo, que pode ser utilizado diariamente;
- Não lave os cabelos em água muito quente, prefira água morna ou fria, assim você evita que seu cabelo fique sem brilho;
- Tome cuidados também com o excesso do uso do secador. Utilize produtos adequados para proteger o cabelo do calor;
- Corte o cabelo no mínimo a cada dois meses. Isso evita o aparecimento de pontas duplas e o aspecto "vassoura" nas pontas;
- Faça uma boa hidratação nos fios pelo menos uma vez por mês. A hidratação ajuda a manter o cabelo macio, brilhoso e com vida.

Para quem não quer e não pode gastar no salão, uma boa opção é fazer uma hidratação caseira. Aí vão algumas receitas:

Máscara de Abacate - Hidratação
Ingredientes:
1/2 abacate;
1 copo (aproximadamente 250 ml) de iogurte natural;
1 shampoo de sua preferência;
Bata o iogurte com o abacate no liquidificador. Lave o cabelo com o shampoo. Divida o cabelo em mechas e vá aplicando somente no comprimento e nas pontas. Use uma toca por 40 minutos.

Máscara de Iogurte e Manga - Brilho

Ingredientes:
1 copo de iogurte natural sem sabor
1/2 manga rosa
Bata no liquidificador a manga e o iogurte. Lave o cabelo com shampoo. Divida o cabelo em mechas e vá aplicando somente no comprimento e nas pontas. Use uma toca por 40 minutos.

Máscara para cabelos oleosos - diminui a oleosidade

1 maço de espinafre cozido
2 galhos pequenos de alecrim
Bata os ingredientes no liquidificador e aplique nos cabelos pré-lavados. Deixe agir por no mínimo 30 minutos. Depois é só enxaguar.

Máscara para cabelos secos

1/3 de xícara de nozes
1/2 xícara de leite de coco
Bata os ingredientes no liquidificador ou utilize um multiprocessador de alimentos. Aplique sobre mechas de cabelo pré-lavadas e deixe agir por 20 minutos. Depois enxague.


Fontes:
SALGADO, Jocelem Mastrodi. Guia dos Funcionais. São Paulo: Ediouro, 2009.
www.oglobo.globo.com
www.nutricaoemfoco.com.br
Imagens:
http://comunidade.bemsimples.com/beleza/w/beleza/Alimentos-que-deixam-o-cabelo-saudavel.aspx
http://www.portalvital.com/blog/alimentacao-saudavel/dicas-para-deixar-seus-cabelos-mais-saudaveis/

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Alimentos Orgânicos: Uma opção saudável e sustentável

Os alimentos orgânicos são aqueles que utilizam, em todos seus processos de produção, técnicas que respeitam o meio ambiente e visam à qualidade do alimento. Desta forma, não são usados agrotóxicos nem qualquer outro tipo de produto que possa vir a causar algum dano a saúde dos consumidores. No Brasil, o sistema orgânico de produção está regulamentado pela Lei Federal no 10.831, de 23 de dezembro de 2003, que contém normas disciplinares para a produção, tipificação, processamento, envase, distribuição, identificação e certificação da qualidade dos produtos orgânicos, sejam de origem animal ou vegetal.

Um fator importante a ser considerado é o teor de nutrientes das frutas, verduras e legumes da agricultura tradicional e da orgânica. Um estudo realizado nos Estados Unidos em 2007 aponta que o teor de vitaminas, minerais e fotoquímicos dos produtos orgânicos pode ser maior que 40% em relação aos produtos da agricultura tradicional. Mesmo não tendo muitos estudos relacionados a comparar nutrientes entre alimentos orgânicos e inorgânicos, sabe-se que a utilização de agrotóxicos (frutas, legumes e hortaliças), antibióticos e anabolizantes (animais) pode causar predisposição a doenças como tumores, infertilidade, doenças do fígado e rins, doenças do sistema nervoso, dentre outras.

Dentre as vantagens da utilização de alimentos orgânicos pode citar-se:
- Prevenção de doenças relacionadas a agrotóxicos, antibióticos e anabolizantes;
- Menor risco de desenvolvimento de cânceres;
- Maior valor nutricional dos alimentos;
- Conservação do meio ambiente;
- Aumento da renda de pequenos produtores;
- Incentivo ao cultivo familiar;

Como os alimentos orgânicos são produzidos em pequena escala, e por poucos produtores, seu preço de mercado é um pouco maior em relação aos não orgânicos, porém, algumas alternativas como a implantação de uma horta caseira ou comunitária, podem ajudar a incluir estes alimentos na mesa do brasileiro.

O Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (PARA), realizado pela Anvisa, listou os 9 alimentos com mais quantidade de agrotóxicos:

    



1º Pimentão: 65,36%
2º Morango: 36,05%
3º Uva: 32,67%
4º Cenoura: 30,39%
5º Alface: 19,8%
6º Tomate: 18,27%
7º Mamão: 17,31%
8º Laranja: 14,85%
9º Abacaxi: 9,47%


Em Foz do Iguaçu, os produtos orgânicos podem ser encontrados em grandes redes de Supermercados, Armazéns de Produtos Naturais e pequenas hortas. Deve-se sempre verificar o rótulo dos alimentos, que devem conter um selo de alimento orgânico e procedência do produto.

Para quem ainda não tem acesso a estes alimentos, uma das alternativas para amenizar o excesso de produtos químicos, é a higiene adequada dos vegetais. Alguns procedimentos devem ser realizados adequadamente, para melhor aproveitamento destes produtos.

Como lavar frutas, verduras e legumes:

- Lave as frutas, e legumes um a um ou as hortaliças, folha a folha em água corrente (torneira);
- Prepare uma solução de água sanitária (1 colher de sopa de água sanitária para 1 litro de água;
- Mergulhe os vegetais nesta solução e as deixe descansar entre 10 e 15 minutos;
- Enxágüe os vegetais em água corrente para retirar a água sanitária;
- Os vegetais estão prontos para o uso, ou podem ser guardados sob refrigeração em potes com tampa ou sacos apropriados;
- Não deve-se utilizar esponjas para lavar os vegetais, elas podem conter fungos e bactérias, e ao invés de "limpar" os alimentos vai colaborar para a proliferação de mais microorganismos.

Este vídeo apresentado pelo programa Fantástico da Rede Globo, mostra a avaliação da Anvisa e a higiene correta dos vegetais.



Fontes:
www.planetaorganico.com.br
www.portalorganico.com.br
www.aao.org.br
www.unicamp.br

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Alimentos afrodisíacos: É para se apaixonar!

Afrodisíacos são substâncias que estimulam o prazer e o desejo sexual através de elementos químicos e físicos.

O nome tem origem grega e deriva da Afrodite, a deusa grega do amor. Diz a lenda, que Afrodite nasceu da espuma do mar, após seu pai ter sido castrado por Cronos e ter sua genitália lançada ao mar. Por esse e outros motivos, os alimentos provenientes do mar são muito utilizados como afrodisíacos.

Ainda é necessário muito estudo sobre o assunto para comprovar a eficácia de certos alimentos e ervas afrodisíacas, mas o que se sabe, é que a maioria deles vem sendo utilizados há séculos e que trazem efeitos benéficos aos consumidores.

Os alimentos não melhoram a função sexual, mas alguns deles podem contribuir de alguma forma, regulando a testosterona ou fazendo vasodilatação. Sabe-se que uma alimentação desequilibrada e pobre em nutrientes leva a alterações hormonais e influencia os hormônios sexuais. Por isso, além de consumir os alimentos “afrodisíacos”, deve-se manter uma alimentação equilibrada, com ingestão de frutas, verduras e legumes diariamente, água e prática de atividades físicas.

Alguns alimentos são considerados “afrodisíacos” por terem aparência que lembram os órgãos genitais e por isso, estimulam inconscientemente, o desejo e o prazer sexual. É o caso dos aspargos, do morango, do abacate e da banana. Outros, contém substâncias que estimulam a produção de hormônios sexuais e causam vasodilatação nos órgãos genitais, melhorando a libido.

Abacate

Os Astecas o chamavam de “árvore dos testículos”, devido a sua forma. Os padres católicos espanhóis, diante desta conotação, baniram a fruta por achar o formato um tanto quanto obsceno. A verdade é que o abacate é rico em ácido fólico, vitamina B6 e potássio.

Alho

Os monges tibetanos não tinham permissão para entrar no mosteiro se tivessem comido alho, porque se dizia que o alho provocava paixões. Era também um afrodisíaco conhecido entre os egípcios, gregos, romanos, chineses e japoneses. Só não exagere na dose, pois além de prejudicar o hálito, pode acabar “espantando” o parceiro (a).

Amêndoas

Desde a antiguidade, as amêndoas são consideradas símbolos de fertilidade. Acreditava-se que o aroma aumentava a libido feminina. Ela é rica em vitamina E, magnésio e fibras.

Ginseng

Também conhecido como a “erva da longevidade”. O nome vem da palavra chinesa jen shen, que significa "raiz do homem", porque a raiz da planta quase sempre lembra o corpo humano. Um recente estudo da Unifesp realizado em homens, acaba de atestar os poderes alardeados pela milenar sabedoria oriental, demonstrando a eficácia do chamado ginseng vermelho coreano para resolver problemas de potência sexual. O ginseng melhora a circulação sanguínea do pênis e da vagina.

Mel

Conhecido como o “néctar de Afrodite”, era muito difundido na Grécia, participando de celebrações de casamento. Na época medieval, tomava-se uma bebida fermentada e com mel chamada “hidromel”, para aumentar o desejo sexual. Na antiga Pérsia, os recém-casados bebiam hidromel todos os dias durante um mês inteiro (conhecido como o “mês do mel” – ou “lua de mel”) para que se adaptassem à nova vida e tivessem um casamento bem-sucedido.

Além do conteúdo histórico, há no mel vitaminas do complexo B (necessárias para a produção de testosterona), vitamina C e em boro (que ajuda o corpo a metabolizar e usar o estrogênio). Alguns estudos sugerem que o mel também possa elevar os níveis de testosterona no sangue.

Ostras

As ostras nascem na espuma dos estuários e nas marés de baías, e por esta razão estão associadas com o nascimento de Afrodite. As ostras, como a maioria dos frutos do mar são ricas em Zinco, um mineral importante para a produção de testosterona, o qual aumenta a atividade sexual tanto do homem como da mulher.

Pinhão

São nativos do Paraná, e nesta estação do ano são super fáceis de encontrar e seu preço encontra-se mais acessível. Desde a Idade Média, as pessoas usam o pinhão para estimular a libido. Assim como as ostras, o pinhão também é rico em zinco. Na Grécia Antiga é referida uma mistura de pinhões, mel e amêndoas, que deveria ser ingerida, antes de deitar, durante três noites consecutivas. Apesar de ser um ótimo estimulante sexual, não deve ser ingerido em grandes quantidades, pois é rico em calorias.

Além destes alimentos, o cacau, açafrão, noz moscada, cravo, canela, coentro, manjericão, tomilho, o morango, banana, as pimentas e frutas oleaginosas em geral são considerados alimentos “afrodisíacos” e podem ser incluídos na alimentação diariamente.

É claro que a produção também ajuda. Não basta somente preparar o prato e "jogar" os alimentos dentro. O preparo deve ser feito com carinho, além disso, arrumar uma mesa bonita, enfeitar o ambiente com velas, flores e incenso podem dar um "empurrãozinho" e esquentar ainda mais a relação, basta usar a criatividade!


Fontes:
Castelo Branco, Valdec Romero. Comida, sexo e administração. Rio de Janeiro: E-pappers, 2007.
Felippe, Gil. No Rastro de Afrodite: plantas afrodisíacas e culinária. São Paulo: Ateliê Editorial, 2004.