terça-feira, 28 de setembro de 2010

Como está a sua alimentação? As suas fezes denunciam!

Você sabia que as suas fezes podem denunciar uma má alimentação?

Atire a primeira pedra quem nunca teve uma infecção ou um simples transtorno intestinal após comer algo que não lhe "caiu bem". Este é um exemplo de que as fezes são o resultado do que comemos, e acredite, analisá-las é uma das melhores formas de identificar como anda a nossa alimentação. Se você tem "estômago fraco" ou não gosta muito do assunto, é melhor parar por aqui.

Em primeiro lugar, vamos entender melhor a formação do bolo fecal. Ele começa a ser formado na boca, assim que ingerimos e mastigamos um alimento. Após este processo de quebra do alimento, ele desce ao estômago através do tubo gástrico e lá é quebrado em partes menores para facilitar a digestão. Quem contribui para esta quebra é o suco gástrico, alí o alimento permanece por cerca de 2 horas. Dependendo do que você come e da quantidade, este tempo pode chegar até 4 horas. Do estômago, o alimento segue para o intestino delgado, onde ocorre grande parte da absorção dos nutrientes deste alimento. O que sobra, segue para o intestino grosso, onde ocorre a formação das fezes de fato. Lá, há uma grande perca de líquidos, cerca de 90% da água contida nas fezes é perdida, as fezes então se tornam uma massa dura, pronta para ser eliminada. Por isso a importância de ingerir bastante água para melhorar a consistência das fezes. 

Do que as fezes são formadas? 
  • A água é seu principal constituinte, correspondendo até 75% do volume das fezes (reforçando a importância da ingestão da água);
  • Bactérias que são responsáveis pela fermentação dos alimentos e causam os gases e o mau odor das fezes;
  • Materiais não digeridos, como as fibras, o sal, grãos não mastigados, celulose e muco intestinal. 
Agora vamos aprender a analisar as fezes. Para isto, utilizamos a Escala de Bristol, desenvolvida por Heaton e Lewis para a Universidade de Bristol, em 1997. As fezes são classificadas em 7 tipos, sendo que a considerada ideal é o tipo 4. 

Tipo 1 - Caroços duros e separados, difíceis de passar.
Este tipo indica que sua alimentação é pobre em fibras e água. Aumente a ingestão de água, sucos, chás, frutas com casca e bagaço, verduras, linhaça, granola, aveia, quinoa e cereais integrais. Evite carnes vermelhas, farinhas brancas, açúcares e laticínios. 

Tipo 2 - Em forma de salsicha, mas com pequenos caroços.
É um indicativo que as fezes permaneceram por muito tempo no cólon (transito lento), além disso há deficiência também de água e fibras. Assim como no tipo 1, você deve aumentar a ingestão de água, sucos, chás, frutas, legumes e verduras, além dos cereais integrais.

Tipo 3 - Em forma de salsicha, com pequenas fissuras na superfície.
Indica que o bolo fecal ainda está um pouco seco. Aumente a ingestão de líquidos e água.

Tipo 4 - Em forma de salsicha ou serpente, suave e macio.
Parabéns! Seu trânsito intestinal está ótimo. As fezes passam com facilidade e não causam desconfortos.

Tipo 5 - Bolhas suaves, com bordas nítidas.
É um indicativo que seu bolo fecal está se movendo mais rápido que o normal. Isto pode levar a carências nutricionais e desidratação. Aumente a quantidade de fibras solúveis provenientes dos legumes cozidos, grãos, aveia, cevada e frutas. O uso de probióticos pode auxiliar a regular o seu trânsito intestinal, mas deve ser feito com prescrição do nutricionista. 

Tipo 6 - Pedaços fofos, consistência pastosa.
Também é um indicador de trânsito intestinal muito rápido. Significa que a água foi mal-reabsorvida e também pode causar carências nutricionais e desidratação. Além disso, pode ser um sinal de intolerâncias alimentares e/ou um desequilíbrio na flora bacteriana intestinal. Evite frutas e legumes crus, prefira os cozidos. Um acompanhamento nutricional com utilização de probióticos pode ser benéfica, mas exames devem ser realizados para descartar qualquer patologia como alergias ou intolerância alimentar. 

Tipo 7 - Sem forma, totalmente líquido.
Provavelmente é resultado de uma infecção. Você deve procurar um médico para fazer um diagnóstico. Tenha uma alimentação leve, sem gorduras, frituras, açúcares e laticínios. Consuma alimentos cozidos, caldos, sopas, líquidos, e água para hidratar. 


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segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Não como. Logo, não emagreço!

Deixar de comer é um erro. Comer bem e com qualidade é a escolha certa!


Atualmente, a idéia de emagrecimento vai muito além de reduzir peso na balança. O processo de emagrecer deve incluir principalmente, a redução de gordura corporal. É cada vez mais comum nos consultórios, o  aparecimento de indivíduos aparentemente magros com uma porcentagem de gordura muito alta. Sabe-se que a quantidade de gordura corporal pode influenciar o aparecimento de doenças cardiovasculares e dislipidemias, portanto, reduzir esta gordura é o foco principal da dieta de emagrecimento.  

Muitos pacientes tem a mesma reclamação quando chegam ao consultório: não como (ou como pouco) e não emagreço! Algumas avaliações devem ser feitas: o que é comer pouco para você? É comer poucas vezes ao dia ou comer em pouca quantidade? Não comer, é ficar um longo período em jejum, e "exceder" na única refeição diária? 

Desequilíbrios hormonais, podem sim estar relacionados ao excesso e ao ganho de peso, mas não é o fator predominante. Stress, consumo frequente de bebidas alcoólicas, sedentarismo e ansiedade, são fatores que podem dificultar ainda mais o processo de emagrecimento. Por isso, cada caso deve ser avaliado separadamente. O ato de não comer, permanecer em jejum prolongado ou comer pouco, e mal, ainda é o maior erro de quem quer e precisa emagrecer.

JEJUM PROLONGADO
  • O organismo diminui o gasto energético, para "sustentar" o corpo no período de jejum;
  • Você perderá mais massa magra ao invés de gordura;
  • Na primeira oportunidade, vai ultrapassar a quantidade calórica diária necessária para seu organismo;
  • Sua ansiedade aumentará, você pode ficar mais irritado, fraco e cansado para realizar suas atividades;
  • Pode ocorrer uma deficiência de nutrientes, levando ao surgimento de doenças;
  • O jejum pode causar mau hálito, decorrente da acidose metabólica.
COMER 1 OU 2 VEZES AO DIA
  • Assim como no jejum, o organismo reduz o gasto energético;
  • Certamente, você fará uma refeição muito calórica, para "compensar" o período sem comer, logo, a qualidade do que você come fica comprometida;
  • Você não alcançará as quantidades necessárias de vitaminas e sais minerais para a manutenção da saúde;
  • Seu organismo fica mais propenso ao surgimento de doenças do sistema imune;
  • A ingestão de fibras fica comprometida e seu trânsito intestinal não será ideal;
  • A ingestão de uma grande refeição prejudicará sua digestão, fazendo com que o alimento fique mais tempo no estômago, ocasionando reações desagradáveis, como gases, arrotos e cólicas abdominais;
  • Se você é praticante de modalidades esportivas ou academia pode vir a se sentir fraco e cansado durante o treino.
FRACIONAR AS REFEIÇÕES
  • Fazer pelo menos 2 refeições maiores (café da manhã e almoço) e 2 ou 3 menores (lanches);
  • O ideal são 5 ou 6 pequenas refeições diárias;
  • Você pode optar por uma fruta nos intervalos das grandes refeições (lanches). Elas tem baixa quantidade de calorias e oferecem nutrientes e fibras necessários para a manutenção da saúde;
  • Não deixe de ingerir água nestes intervalos;
  • Fixe horários para se alimentar. Alterações nos horários das refeições podem atrapalhar a dieta;
  • Fracionar as refeições evita que você faça refeições muito grandes e exageradas, pois você se sentirá saciado o dia todo;
  • Você não corre o risco de ter dores abdominais pelo excesso;
  • Se for comer fora de casa, opte por restaurantes do tipo buffet, para que você tenha mais opções para escolher os alimentos certos;
  • Evite comer com pressa, ou em frente a televisão. Por estar distraído, você pode comer mais do que o necessário;
  • Procure um profissional para lhe indicar os alimentos certos para você. Nem sempre sua idéia de saudável está correta.

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terça-feira, 14 de setembro de 2010

Síndrome do Intestino Irritável

Estudos de prevalência, estimam que no Brasil Ocidente, 20% da população apresenta sintomas compatíveis com a presença dessa síndrome, com predomínio nas mulheres.


Aproximadamente 50% dos pacientes que procuram atendimento gastroenterológico sofrem de problemas funcionais, ou seja, não apresentam lesão orgânica no aparelho digestivo demonstrável pelos métodos propedêuticos atuais.

Entre as doenças funcionais, a síndrome do intestino irritável (SII) é a mais freqüente. Trata-se de um distúrbio do trato digestivo para o qual não se demonstrou, até o momento, qualquer alteração metabólica, bioquímica ou estrutural da(s) víscera(s) envolvida(s), manifestando-se pela acentuação, inibição ou simplesmente modificação da função intestinal.

Como ocorre em todos os distúrbios funcionais, não há marcadores laboratoriais, nem exames de imagem que confirmem o diagnóstico. Por este motivo, utilizam-se critérios clínicos para que a hipótese possa ocorrer, na maioria dos casos, sem necessidade de investigação.

A Síndrome costuma ser dividida em 3 grupos:
  • Predomínio de constipação (intestino preso);
  • Predomínio de diarréia;
  • Alternância entre constipação e diarréia.

Os dois métodos mais utilizados para o diagnóstico clínico da Síndrome são os Critérios de Roma III (2006) e Critérios de Manning (1978).

Critérios de Manning
  • Dor abdominal que se alivia após a evacuação;
  • Fezes amolecidas;
  • Evacuações mais freqüentes quando as dores se instalam;
  • Distensão abdominal;
  • Presença de muco nas fezes;
  • Sensação de que a evacuação foi incompleta;

Critérios de Roma III
  • Dor ou desconforto abdominal, iniciados no mínimo 6 meses, que se manifestam pelo menos durante 3 dias por mês, nos últimos 3 meses, acompanhados de duas das seguintes características:
  • Melhora com a evacuação, ou alteração da freqüência das evacuações ou da consistência das fezes;
  • A aparência do bolo fecal classifica a síndrome no tipo diarréico, constipado ou misto;
  • Esses sintomas tendem a ser inicialmente intermitentes, com períodos de remissão de maior ou menor duração, mas sua ausência, mesmo prolongada, não significa a cura da disfunção.

Outros sintomas comuns podem servir como suporte para o diagnóstico da Síndrome:
  • Freqüência evacuatória anormal – > de 3 evacuações por dia ou < de 3 por semana;
  • Consistência das fezes alterada – Escala de Bristol;
  • Alteração do padrão evacuatório – esforço excessivo, urgência;
  • Flatulência

O tratamento e determinado pelo tipo e intensidade dos sintomas, bem como pela abordagem psicossocial. A alimentação tem extrema importância no tratamento da Síndrome do intestino irritável, e algumas simples mudanças de hábitos podem amenizar os desconfortos causados pela SII. Lembrando que cada caso deve ser avaliado separadamente, pois cada paciente apresenta sintomas e características diferentes, necessitando de uma avaliação individual.
  • Aumentar a ingestão de água é fundamental. Tanto em casos de constipação, para melhorar a formação do bolo fecal, quanto na diarréia, para manter a hidratação;
  • Reduzir a ingestão de gorduras e açúcares;
  • Reduzir a ingestão de alimentos que aumentam a distensão abdominal e a flatulência (refrigerantes, bebidas gaseificadas, repolho, couve, brócolis, rabanete, ovos, lácteos) – em casos de aparecimento dos sintomas;
  • Aumentar a ingestão de fibras principalmente vindas dos vegetais: frutas com casca ou bagaço, verduras e legumes crus;
  • A suplementação de fibras poderá ser necessária, sempre com indicação do nutricionista;
  • A suplementação de probióticos (microorganismos vivos capazes de melhorar o equilíbrio microbiano intestinal, produzindo efeitos benéficos a saúde do indivíduo) também poderá ser indicada pelo nutricionista;


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Fontes:
MOURÃO, Anderson Omar; DAMIÃO, Cintra e SIPAHI, Aytan Miranda. Síndrome do intestino irritável. Disponível em: http://www.cibersaude.com.br.

NETO, Ulysses Fagundes; MARCHETTE, Aline Caetano. Síndrome do intestino irritável. The Eletronic Journal of Pediatric Gastroenterology, Nutrition and Liver Diases. Disponível em: http://www.e-gastroped.com.br.

PASSOS, Maria do Carmo F. Síndrome do intestino irritável: ênfase ao tratamento. JBG, J. bras. gastroenterol., Rio de Janeiro, v.6, n.1, p.12-18, jan./mar2006.

DANTAS, Waldomiro. Fibra e Aparelho digestivo. Rev Bras Colo-Proct, 1989; (9)2: 75-79.

THEOPHILO, Isabela de Paula Pessoa e GUIMARÃES, Norma Gonzaga. Tratamento com probióticos na síndrome do intestino irritável. Com. Ciências Saúde. 2008;19(3):271-281.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Amamente e se alimente!

Amamentar é um ato de carinho, amor, e um vínculo de afeto direto entre mãe e bebê. Não deixe a má alimentação ínterromper este período tão importante para a manutenção da saúde nos primeiros meses de vida do seu filho.

Muitas mães, principalmente as primíparas ou mães de "primeira viagem" desistem de amamentar os seus filhos, pelo cansaço que sentem, pelas dúvidas, dificuldades e ansiedades que aparecem durante este percurso. É comum que mulheres em fase de amamentação alcancem o baixo peso ou peso mínimo recomendado, isto porque, durante a fase de aleitamento há uma queima acelerada de calorias pois o organismo está em movimento em função da produção de leite, além da liberação maior de líquidos - o próprio leite materno.

Em geral, calcula-se que uma lactante necessite em média 300 a 500 calorias extras na sua alimentação diária para suprir as perdas calóricas da amamentação, totalizando uma média de 2500 cal/dia. Porém, esta ingestão aumentada deve ser analisada caso a caso, pois, algumas mães podem não necessitar deste acréscimo, outras porém, podem necessitar o aumento de mais de 500 calorias no seu cardápio diário. Estes dados somente poderão ser definidos por um profissional nutricionista que irá calcular o gasto calórico e recomendar a ingestão adequada de calorias e nutrientes para a mãe. Lembrando que, a quantidade de calorias ingeridas nem sempre é parâmetro indicativo para uma ingestão adequada de nutrientes.

Muitas mulheres sentem-se mal por acreditarem que por estar abaixo do peso recomendado, não estejam produzindo leite suficientemente "forte" para alimentar seu bebê. A verdade é que não existe leite "fraco" ou "forte". Algumas pessoas alimentam a idéia de leite "fraco", pois tem costume de compará-lo ao leite de vaca integral. O leite de vaca é grosso e gorduroso, já o materno é ralo e por isso aparenta não ser suficiente "forte" para alimentar o bebê.

O leite materno dá todos os nutrientes necessários para a manutenção da saúde e vida do lactente e, caso a mãe esteja abaixo do peso ou com deficiência em algum nutriente, o organismo ficará responsável em buscar nas "reservas" da mãe, substrato adequado para a produção do leite. Porém, se a mãe persistir em uma alimentação inadequada e pobre em líquidos e nutrientes, ficará debilitada e não conseguirá amamentar por tempo adequado o seu filho, ocorrendo o desmame precoce.

O que mudar na alimentação da mãe que está amamentando?

Algumas mudanças na alimentação e hábitos de vida da mãe, podem ajudá-la a permanecer no seu peso ideal e conseguir amamentar por mais tempo e com melhor qualidade.

- Beba bastante água. Nada melhor para a aumentar a excreção de líquidos pelo corpo, do que ingerí-los. Água basta! Não é necessário a ingestão de cerveja preta para aumentar a quantidade de leite produzido. Ao contrário, a ingestão de bebidas alcoólicas podem prejudicar o desenvolvimento do bebê;

- Faça pelo menos 6 refeições por dia. Divida suas refeições de modo que não se sinta "cheia" em nenhuma delas;

- Aumente o consumo de vegetais: frutas, verduras e legumes. Eles darão os nutrientes necessários para "vitaminar" o leite; cuidado apenas com o excesso de alho e cebola, que podem causar um sabor desagradável ao paladar do bebê;

- Coma uma fonte protéica de boa qualidade diariamente - carnes, ovos, quinua;

- Coma uma fruta cítrica (fonte de vitamina C) após as principais refeições para melhorar a absorção de Ferro do almoço e jantar. As frutas cítricas NÃO talham o leite!

- Não deixe de lado nenhum alimento da Pirâmide de Alimentos, a não ser por recomendação médica ou nutricional. Todos os macronutrientes são importantes para a saúde da mãe e do bebê. Não esqueça de comer além das proteínas, carboidratos e gorduras de boa qualidade (poliinsaturadas);

- Mães vegetarianas devem ter acompanhamento nutricional especial e podem necessitar de suplementação alimentar;

- Descance! Dormir ou relaxar entre os intervalos das mamadas podem ajudar a mãe a recuperar o "pique" para a nova mamada;

- Se você está abaixo ou acima do peso recomendado, procure um profissional para lhe passar informações adequadas e a quantidade energética ideal para a manutenção do seu peso.

A Organização Mundial de Saúde recomenda, para a população em geral, que os bebês recebam exclusivamente leite materno durante os primeiros seis meses de idade. Depois dos seis meses, com o objetivo de suprir suas necessidades nutricionais, a criança deve começar a receber alimentação complementar segura e nutricionalmente adequada, juntamente com a amamentação, até os dois anos de idade - ou mais.

Caso você tenha dúvidas a esclarecer sobre amamentação ou alimentação da mãe e do bebê, faça suas perguntas através do Fale com a nutricionista.

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Fontes:
- Projeto de inclusão social e desenvolvimento comunitário: Cartilha de promoção da amamentação e alimentação complementar saudável. IBFAN Brasil.
- BODINSKI, Lois H. Dietoterapia: Princípios e Prática. São Paulo: Atheneu, 2006. p.325.
- Amamentação: crenças e mitos. Rev. eletrônica de enfermagem, v.07, n.02, p.207 - 214, 2005. Disponível em: www.fen.ufg.br
- Amamentação. Organização Pan-americana da Saúde. Disponível em: www.opas.org.br