quarta-feira, 22 de maio de 2013

Síndrome do Ovário Policístico e Ganho de Peso

Na prática clínica, a existência de mulheres com sobrepeso e obesidade, portadoras da síndrome do ovário policístico é grande. A relação muitas vezes passa despercebida, já que a síndrome na maior parte das vezes é assintomática. Porém, o acompanhamento nutricional nestas mulheres é fundamental, pois além do excesso de peso há risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Os ovários são responsáveis pela produção dos hormônios sexuais femininos e por acolher os óvulos da mulher.


Sabe-se que pelo menos 50% das mulheres que apresentam a síndrome tem uma produção excessiva de insulina pelo pâncreas, que é causado pela resistência insulínica. A produção de insulina ocorre para fazer a degradação da glicose - açúcar - ingerida, e quando o corpo resiste a esta insulina produzida, a queima de glicose é menor. Com isso, a resistência a insulina leva o corpo a adquirir maior quantidade de gordura abdominal, porque a insulina acaba agindo em outros lugares primeiro, para quebrar o açúcar ingerido. 

Portanto, o tratamento da síndrome vai muito além do uso de contraceptivos e hormônios orais. Deve-se fazer um controle rigoroso da glicose sanguínea e lipídeos, que estão diretamente ligados a doenças cardiovasculares e diabetes. 

A alimentação deve ser acompanhada por um profissional que se empenhará em reduzir os riscos de desenvolvimento destas doenças, e controlar a produção hormonal. Entre as recomendações nutricionais estão:
- Aumentar a ingestão de água e fibras para melhorar o fluxo intestinal e reduzir o inchaço abdominal;
- Ingerir alimentos termogênicos, que aceleram a queima de gordura - gengibre, chá verde, pimenta, etc;
- Ingerir alimentos ricos em "gordura boa" - que ajudam a reduzir os riscos de doenças cardiovasculares - castanhas, nozes, amêndoas, abacate, azeite de oliva, linhaça, sardinha, salmão, etc;
- A prática de atividades físicas é recomendada para reduzir a circunferência abdominal e parar o ganho de peso. 

Outro fator importante a ser trabalhado é o "psicológico" da mulher. Com as alterações hormonais, aumento de peso e circunferências, a mulher fica mais sensível, chorosa e pode chegar a uma depressão. Isto também deve ser avaliado pelo médico e em muitas vezes precisa de auxílio profissional adequado. 


Fonte Imagem: Google imagens