quarta-feira, 16 de novembro de 2011

O uso correto da fitoterapia

     
     A utilização da fitoterapia vem crescendo dia a dia, devido ao aumento de pesquisas relacionadas aos medicamentos fitoterápicos e a busca da população por uma vida mais saudável e livre de medicamentos com formulações químicas. Apesar de ser considerado como um tratamento "natural" pela população, a utilização de fitoterápicos deve ser feita de forma cautelosa e sempre prescrita por um profissional médico ou nutricionista. 
     A Anvisa define como fitoterápicos "medicamentos obtidos a partir de plantas medicinais. Eles são obtidos empregando-se exclusivamente derivados de droga vegetal (extrato, tintura, óleo, cera, exsudato, suco, e outros)". A Agência Nacional de Vigilância Sanitária adverte que "os fitoterápicos, assim como todos os medicamentos, devem oferecer garantia de qualidade, ter efeitos terapêuticos comprovados, composição padronizada e segurança de uso para a população".
     O nutricionista devidamente capacitado, que atua individualmente ou em equipe multidisciplinar, poderá prescrever fitoterápicos, desde de que forem de origem conhecida, com rotulagem adequada às normas da Anvisa e desde que oriente o consumidor a observar as condições higiênico-sanitárias da espécie vegetal prescrita. 
     Apesar de parecerem inofensivos, alguns fitoterápicos se utilizados de forma errada podem causar danos a saúde, que podem ser leves como uma pequena alergia, quanto graves, levando a sérias intoxicações e abortos por exemplo. 
     Uma das plantas medicinais mais utilizadas por pessoas com problemas de constipação intestinal é o Sene. Esta planta deve ser utilizada com muita cautela, pois além de diarreia, o sene pode causar câncer. Ele irrita a mucosa intestinal e pode causar mutação celular, assim como a cáscara-sagrada. Isso sem falar que o intestino pode ficar dependente dessas substâncias.
     Outro exemplo é a Valeriana que vem sendo usada no tratamento de insônia e que, ao contrário dos medicamentos convencionais, não provoca dependência nem tolerância. No entanto, se ingerida em grandes quantidades e por tempo prolongado, ela pode ser tóxica para o fígado.
     A fitoterapia também não deve substituir tratamentos medicamentosos prescritos pelo médico. Ela deve ser aliada ao tratamento e sempre com orientação do profissional. 

     Agora que você já conhece alguns riscos da má utilização dos fitoterápicos, converse com seu médico e/ou nutricionista antes de começar o tratamento com plantas medicinais. 

Fontes:
www.nutritotal.com.br
Anvisa
www.comciencia.com.br

2 comentários:

  1. Ainda sobre o Nutricionista estar capacitado para prescrever fitoterápicos, me preocupa muito o tal mix de fitoterápicos em uma mesma prescrição. Não podemos precisar a gravidade dos efeitos adversos em decorrência da associação de vários princípios ativos na mesma prescrição, e isso é muito sério.
    Gostei muito do post e vou seguir seu blog!
    Abraços
    Renata Ribeiro
    Nutricionista

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  2. Oi Karina!
    Muito importante o conteúdo do seu post!
    É muito comum as pessoas procederem aos mais diversos tipos de tratamento e auto-medicação sem consultar qualquer tipo de profissional nos assuntos.
    Pra que né? A pessoa aprendeu com a mãe, que aprendeu com a vó, que aprendeu com Pedro Álvares Cabral, na época em que os doentes eram tidos como pecadores e lançados aos tubarões. Portanto, sempre é mais confiável a boa e velha tradição da auto-medicação sem qualquer conhecimento! rsrsr
    Imagino que pra vocês, profissionais da saúde, não seja fácil fazer as pessoas entenderem que PRECISAM SEMPRE receber orientação para que se tratem da forma correta.
    Gostei muito do post. Parabéns!
    Abraço!
    Thiago Aguiar

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