A alimentação da gestante é extremamente importante tanto para a saúde da mãe quanto do bebê.
Uma das maiores preocupações da gestante, é o ganho de peso. O ideal é que ele não comprometa a saúde da mãe e do bebê. Sabe-se que o peso ganho durante a gestação é a soma do peso do feto, da placenta, dos líquidos corporais, do crescimento dos seios e útero, do armazenamento de nutrientes, e por último, ganho de peso da mãe.
Em geral, no primeiro trimestre de gestação não é necessário aumentar as quantidades energéticas da mãe, a não ser que ela esteja em deficiência nutricional. Neste período, o correto é regular a quantidade de nutrientes de acordo com as necessidades da gestante. A partir do segundo trimestre, costuma-se aumentar a quantidade energética em torno de 300 calorias, e o ganho de peso passa a ser calculado semanalmente. Cada gestante deve passar por uma avaliação nutricional individual para indicar quanto peso deve ganhar durante toda a gravidez.
Tão importante quanto o ganho de peso, a adequação de nutrientes da dieta deve ser feita para garantir a saúde de mãe e filho. A deficiência de algum nutriente pode afetar o crescimento e o desenvolvimento do bebê, assim como minar as reservas da mãe. Por outro lado, a sua ingestão excessiva também pode ser prejudicial. Por isso, o equilíbrio é importante.
Quais nutrientes devem ser incluídos na alimentação da gestante?
Proteínas: É importante para a produção das células e dos tecidos novos da mãe e do bebê. Alimentos ricos em proteínas: carnes magras, aves, peixes, ovos, leite e derivados, feijão, ervilhas, grão-de-bico, quinua e frutas oleaginosas.
Carboidratos: Apesar da má fama, os carboidratos são muito importantes para a gestante, pois fornecem as calorias adicionais que ela necessita e deve ser a principal fonte de energia. Alimentos ricos em carboidratos: pães e cereais integrais, frutas e legumes. Prefira sempre arroz, farinhas, massas e pães integrais.
Água: É responsável pela hidratação da mãe e do bebê; ajuda na formação do bolo fecal, evitando a constipação e na eliminação de líquidos, reduzindo o edema (inchaço).
Ácido fólico: É fundamental para a formação do sistema nervoso do feto, na formação do sangue e das células. Seu consumo reduz os riscos de má formação do feto. Alimentos ricos em ácido fólico: folhas verdes escuras como espinafre, couve-manteiga e brócolis, fígado bovino (cozido), laranja, cenoura, abóbora e alimentos integrais.
Cálcio: Responsável pela formação do feto, principalmente dos ossos. Alimentos ricos em cálcio: leite e derivados, vegetais como couve, agrião, mostarda e brócolis, frutas, legumes, feijão e alimentos fortificados.
Ferro: É necessário para a formação de hemoglobina, substância dos glóbulos vermelhos responsável por transportar oxigênio para todo o corpo, sua ingestão evita a anemia e sangramento excessivo na hora do parto. Alimentos ricos em ferro: carnes magras, aves, fígado bovino, feijão, lentilha e grão-de-bico, e as folhas verde-escuras, como espinafre e couve. Para melhorar a absorção do ferro de alimentos de origem vegetal, consuma junto alimentos ricos em vitamina C, como frutas e sucos de laranja, limão, goiaba, acerola, caju, morango e maracujá.
Fibras: Mantém o trânsito intestinal em ordem, reduz a absorção de açúcar e gorduras e previnem a elevação da pressão arterial, evitando complicações na hora do parto. Alimentos ricos em fibras: frutas com casca e bagaço, verduras, legumes, cereais integrais, aveia, quinua e feijões.
Além disso, é importante que a gestante reduza a ingestão de frituras, gorduras de origem animal, refrigerantes, bebidas alcoólicas e sal.