segunda-feira, 9 de maio de 2011

Dietas da Internet

Nos últimos meses tenho recebido vários emails, msgs e contatos através do blog solicitando o envio de dietas por msn, face e até pelo orkut. 

Primeiramente, uma consulta nutricional é como uma consulta médica. Não há como o médico prescrever um medicamento ou um tratamento sem ter contato direto com o paciente, analisar exames clínicos e físico. Na nutrição também utilizamos métodos de avaliação que são muito importantes para o resultado do tratamento, seja ele para patologias como diabetes, hipertensão, constipação ou para emagrecimento ou ganho de massa muscular. Cada indivíduo tem suas necessidades específicas de nutrientes e calorias, e para que estas sejam prescritas corretamente, é necessário que se realize avaliação física, antropométrica e laboratorial com o paciente. Quando não há avaliação correta, o paciente corre o risco de sofrer as consequências de uma alimentação pobre em nutrientes, tendo um tratamento fallho. 

Além disso, a Resolução do CFN (Conselho Federal do Nutricionista) 334/2004 que dispõe o código de ética do nutricionista, é bem claro no Cap. III, Art. 7º, Parágrafo XVII: É vedada ao profissional nutricionista a seguinte conduta: Realizar consultas e diagnósticos nutricionais, bem como prescrição dietética, através da Internet ou qualquer outro meio de comunicação que configure atendimento não presencial. 

Infelizmente, alguns "profissionais" não respeitam a resolução e realizam Venda de Dietas através da internet, além de utilizam imagens manipuladas por programas de computador para ilustrar um falso trabalho realizado. 

Gostaria de deixar bem claro que não faço este tipo de trabalho e sou contra quem faz. O blog é um meio de comunicação que visa propagar uma alimentação saudável e levar informação a população, e não é um site de venda de dietas. 

Continuem lendo os artigos sobre alimentação saudável e comentando no blog... e não esqueçam, amanhã tem sorteio!!!

Karina Rigo

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Estou com anemia, e agora?

     Primeiramente, vamos entender o que é a anemia. A OMS (Organização Mundial da Saúde) define como anemia a condição na qual o conteúdo de hemoglobina no sangue está abaixo do normal, como resultado da carência de um ou mais nutrientes essenciais, seja qual for a causa dessa deficiência. Vários são os tipos de anemia, sendo os mais comuns as causadas por deficiência de ferro (anemia ferropriva), vitamina B12 (anemia perniciosa) e/ou ácido fólico. Ainda pela definição da OMS, cerca de 30% da população mundial é anêmica, sendo que sua prevalência em crianças menores de 2 anos de idade chega a 50%. Antes de tratar a anemia, é importante identificar a sua causa, para que a ingesta de nutrientes seja calculada corretamente. 
     Na anemia ferropriva, temos geralmente uma alimentação pobre em ferro. Mas problemas de absorção intestinal ou perda intensa de sangue como hemorragias, úlceras e menstruação também podem ser causadores do problema. O ferro é um nutriente essencial para a síntese das células vermelhas do sangue e no transporte de oxigênio para todas as células do corpo. Os sintomas mais comuns são fraqueza, fadiga, sangramento nas gengivas, sonolência e palidez. A ingestão de ferro deve ser aumentada, sendo por suplementação com orientação médica ou do nutricionista, ou por alimentação, vai depender da gravidade da anemia. Alimentos de origem animal possuem uma maior quantidade de ferro com melhor absorção, como as carnes, ovos e laticínios. Entre os vegetais, encontramos o chamado ferro "não-heme", que possui menor absorção e precisa de uma "mãozinha" de outras vitaminas para ser melhor absorvido. Em geral, os vegetais verdes escuros - brócolis, couve-manteiga, espinafre e rúcula - e as leguminosas - feijões, grão-de-bico, soja - são so alimentos com maior teor de ferro. É indicado o aumento do consumo de alimentos ricos em vitamina C após as refeições para melhorar a absorção de ferro pelo organismo. 
     A anemia perniciosa causada pela deficiência de vitamina B12 é mais comum em vegetarianos, pacientes após realizarem cirurgia bariátrica ou retirada de partes do intestino, onde há redução na absorção da vitamina. Em geral, a vitamina pode ser encontrada em alimentos de origem animal como as carnes, peixes, ovos e laticínios. Entre os vegetais podemos encontrá-la na levedura de cerveja, germe de trigo e grãos germinados. 
     Apesar de fácil tratamento, as anemias devem ser tratadas com seriedade e ter acompanhamento médico e nutricional para evitar agravo da doença. Em muitos casos a utilização de suplementação com medicamentos é necessária por um tempo, que somente um profissional poderá especificar. 

Imagens:
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Fontes:
www.nutritotal.com.br
www.rgnutri.com.br
www.nutricaoemfoco.com.br

     

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Suplementos Alimentares: quando usar?

  
Não é de hoje que praticantes de musculação e desportistas utilizam suplementos alimentares para aumentar o ganho de massa magra, proporcionar força, disposição e rendimento durante os exercícios. Porém, o uso indiscriminado de suplementos alimentares pode ocasionar danos a saúde e até prejudicar a performance do consumidor. Existe no mercado uma variedade muito grande de suplementos acessíveis a todos (a maioria não precisa de receita médica ou do nutricionista para ser vendida), e isto, obviamente, facilita a ingestão exacerbada. Além disso, alguns instrutores até "fornecem" produtos aos alunos, geralmente, com prescrição acima do recomendado. 
     Primeiramente, é importante ressaltar que cada indivíduo tem suas necessidades específicas de macro e micronutrientes - carboidratos, proteínas, lipídios, vitaminas e minerais - portanto, cada prescrição deve ser individualizada e não deve ultrapassar o UL (limite superior seguro de ingestão). Uma boa avaliação física deve ser realizada regularmente para identificar a porcentagem de gordura e massa corporal do indivíduo, e retenção hídrica. Porém o que vemos na prática é totalmente diferente. 
     Geralmente os nutricionistas são vistos como os "contra suplementos". Não somos contra a utilização de suplementos, pelo contrário, sabemos que a utilização correta deles pode auxiliar muito na evolução do desportista. Porém, somos contra o seu consumo indiscriminado e venda sem prescrição nutricional. 
     Muitos desportistas acabam utilizando somente a suplementação como forma de ingestão de nutrientes, e deixam de consumir vegetais, grãos e fibras. É importante ressaltar que estes alimentos não devem ser retirados da alimentação, pois muitos nutrientes presentes neles podem ser úteis para a melhor absorção do suplemento alimentar. Por exemplo, a vitamina C presente nas frutas cítricas, acerola, morango, goiaba e abóbora, participa da síntese de colágeno, uma proteína importante para a formação da pele, ossos e tecidos. A ingestão de fibras também é importante, porque faz com que a absorção dos carboidratos ocorra de forma gradual, evitando a hiperglicemia. As fibras podem ser encontradas nas verduras, frutas com casca e bagaço, barrinha de cereais, aveia, linhaça e granola. Outro alimento importante é a água, ela mantém o corpo hidratado, repõe os sais perdidos durante o exercício e melhora a função renal, evitando cristais ou pedras nos rins, devido ao acúmulo de nutrientes. 
     Antes de começar a utilizar suplementos alimentares, procure um profissional para avaliar o seu corpo e prescrever orientações necessárias ao seu organismo. 

Imagens:
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