segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

A dieta do Homem Moderno

Engana-se quem pensa que dieta é coisa de mulher! Dia após dia, a classe masculina tem se preocupado mais com a saúde, estética e alimentação. O homem moderno começa a entender – mesmo com certa resistência – que cuidar do que coloca no seu prato é indispensável para a manutenção da sua saúde.  Pesquisas realizadas pelo Ministério da Saúde a partir do ano de 2007 revelam que os homens lideram as mortes por doenças cardiovasculares no Brasil. Os mesmos estudos revelaram também que em geral, os homens são mais sedentários que as mulheres.
A elaboração de uma dieta voltada para o público masculino visa atender as necessidades do sexo, prevenindo doenças como câncer de próstata, hipertensão arterial, diabetes, gota e obesidade, assim como melhorar o sistema imune e contribuir para a estética, evitando estrias, queda de cabelos, acne e problemas de pele.
A melhora da qualidade de vida do homem depende diretamente da adoção de hábitos de vida saudáveis, como não fumar, evitar o consumo de bebidas alcoólicas em excesso, praticar exercícios físicos regulares e cuidar da alimentação. Alguns alimentos são essenciais para a prevenção das doenças voltadas ao sexo masculino, e devem ser consumidos diariamente, como o brócolis que contém uma substância chamada sulforafano, que segundo estudos, reduzem os riscos de desenvolvimento de doenças da próstata.
O tomate, rico em licopeno, também tem sido incluído na alimentação masculina pelos mesmos benefícios do brócolis. Porém, para que o licopeno seja bem aproveitado pelo organismo, o tomate não deve conter agrotóxicos, e deve ser consumido cozido, pois o processo térmico aumenta a biodisponilibidade da substância. Outros vegetais como a melancia, goiaba, mamão e beterraba também são ricos em licopeno e podem contribuir da mesma forma. 
Uma grande preocupação do público masculino é referente à sexualidade ao decorrer da idade. O que poucos homens sabem é que a alimentação pode contribuir – e muito – prevenindo a tão temida impotência. Algumas doenças relacionadas a alimentação e ao sedentarismo, como o diabetes e a hipercolesterolemia – níveis de colesterol elevados), são capazes de reduzir a capacidade sexual masculina e até mesmo a libido. Mais um motivo para evitar e controlar estas doenças, por isso, nutrientes como o selênio, zinco e vitaminas do complexo B não podem faltar na dieta do homem.
O primeiro passo para seguir uma vida saudável é deixar os preconceitos de lado, cuidar da saúde é um ato de amor próprio!!!

Imagens: 
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Fonte: Matéria publicada no Jornal A Gazeta do Iguaçu no dia 10/12/2010

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

A dieta do Mediterrâneo na mesa dos brasileiros

Na década de 40 especialistas americanos começaram a se perguntar por que a população do Mediterrâneo tinha menos doenças cardíacas. A partir dessa curiosidade iniciaram pesquisas para investigar o motivo e, após duas décadas, encontraram a resposta na mesa. De lá para cá só aumentou o número de trabalhos científicos confirmando os benefícios dos hábitos alimentares dessa região.
A dieta do Mediterrâneo é uma dieta rica na ingestão de alimentos integrais, frutas e verduras, usando como gordura o azeite de oliva e com baixa ingestão de carne, frango e mesmo de peixe isso faz com que esses povos vivam mais e corram menos risco de desenvolver tumores. 
Apesar de tantos benefícios, praticar esta dieta no Brasil pode se tornar um exercício tanto quanto pesado para o bolso. Isto porque, alguns alimentos indispensáveis na dieta do Mediterrâneo não são comuns a nossa mesa, fazendo com que tenham preços inacessíveis à maioria da população. Por isso, os princípios da dieta devem ser adequados a nossa população, substituindo estes alimentos por produtos mais acessíveis e que tragam os mesmos benefícios a saúde.
A pirâmide invertida de Harvard (2001) se baseia na dieta mediterrânea e exemplifica bem quais os alimentos mais importantes desta dieta.
Um dos alimentos mais importantes da alimentação mediterrânea é o azeite de oliva, que é rico em ácidos graxos monoinsaturados – uma gordura benéfica ao organismo – que ajuda a melhorar as taxas de HDL (bom colesterol) e reduzir do LDL (colesterol ruim), prevenindo também doenças cardiovasculares. Por estes motivos ele se encontra na base da pirâmide, juntamente com a prática de exercícios físicos, também comum na região. O azeite deve ser consumido no lugar do óleo de soja, para temperar saladas e alimentos. Alguns azeites possuem preço elevado por serem importados, procure marcas mais acessíveis, e consuma diariamente. O vinho tinto é consumido diariamente, e em pequenas quantidades, pode contribuir também para a prevenção de doenças cardiovasculares.
A base da dieta também provém da ingestão de vegetais variados, frutas, verduras e legumes. Porém, os vegetais devem ser produzidos de uma forma natural, com o mínimo de agrotóxicos possível. Isso garante a integridade do alimento, em vitaminas e nutrientes. Um dos vegetais mais importantes na dieta é o tomate, alimento que no Brasil, está no ranking de produtos com mais agrotóxicos. Sabemos que os produtos orgânicos também apresentam um preço de mercado mais alto do que os produzidos com agrotóxicos. Portanto, uma alternativa é o incentivo de hortas comunitárias e cultivo de vegetais e hortaliças no próprio quintal, evitando o uso de agrotóxicos.
Os alimentos de origem animal consumidos na dieta são os peixes e frutos do mar, os iogurtes, ovos e o queijo magro. Quase não se consome carne vermelha, o que reduz a taxa de gordura ingerida. Nosso país, um dos mais ricos em água no mundo, também oferece ótimos pescados, e com preços acessíveis. O mais importante é que seja observado o modo de preparo do peixe, que não pode ser frito, e sim assado, cozido ou grelhado. Os ovos também devem ser cozidos. Quanto aos iogurtes, contribuem para a manutenção da flora microbiana intestinal, e não devem conter corantes nem conservantes, os melhores são os iogurtes naturais desnatados.
Os açúcares, gorduras e carnes vermelhas encontram-se no topo da pirâmide. Ou seja, devem ser consumidos esporadicamente, e em pequena quantidade.

Imagens:
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Fontes:
www.ufrj.com.br
Sociedade Brasileira de Cardiologia


segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Saúde da Mulher - Menopausa

A menopausa é uma fase na vida de toda mulher que se caracteriza pelo fim do período fértil e pela redução de produção dos hormônios estrógeno e progesterona. Os primeiros sintomas começam a surgir entre 2 a 4 anos antes da última menstruação e este período é chamado de pré-menopausa ou climatério. Nesta fase começam a aparecer sintomas como irregularidade nos ciclos menstruais, diminuição nos níveis dos hormônios sexuais e presença de alguns sintomas como suores noturnos, ondas de calor, perda da lubrificação vaginal, depressão, irritabilidade, ansiedade e insônia. 
            A alimentação da mulher nos anos que antecede a menopausa e durante ela é fundamental para o equilíbrio dos sintomas e a prevenção de doenças relacionadas ao período. À medida que a produção de estrógeno cai, as taxas de colesterol e triglicérides no sangue tendem a aumentar e a absorção e a captação do cálcio pelos ossos ficam prejudicadas. Desse modo, surgem os riscos para o desenvolvimento das doenças cardiovasculares e de osteoporose. Além disso, há um comprometimento na produção de colágeno, que acarretará na perda de elasticidade da pele e dos vasos sangüíneos bem como há diminuição da massa muscular e o aumento da concentração de gordura na região abdominal (gordura localizada). Por este motivo, indica-se a diminuição de calorias ingeridas e uma dieta com baixa quantidade de açúcar, gordura e sódio (sal).
            Além da alimentação, a adoção de hábitos de vida saudáveis também são importantes. Deve-se adotar a prática de exercícios físicos regulares, manutenção de um peso adequado e restrição de álcool e do fumo. A pressão arterial, glicemia, os níveis de colesterol e triglicérides devem ser monitorados e acompanhados regularmente, assim como as consultas ao médico e ao nutricionista.
            De acordo com estudos, alguns alimentos específicos podem ser empregados neste período para ajudar a reduzir sintomas do climatério e menopausa. O mais conhecido é a soja, rica em isoflavonas, que são fitoestrógenos com semelhança estrutural do estrógeno. As evidências indicam que seu consumo parece amenizar as ondas de calor (fogachos) e auxiliar na redução dos níveis de colesterol, entretanto seu uso deve ser prescrito e acompanhado por profissional da saúde habilitado.
            Outro alimento importante para a mulher nesta fase é a linhaça. Pesquisas apontam que a ingestão diária da semente pode ajudar a aliviar alguns sintomas. A linhaça é rica em ácidos graxos Ômega 3, sais minerais e vitaminas. Além disso, auxilia na regularização do intestino, aumenta a atividade do sistema imunológico, além de possuir uma substância que protege contra tumores de mamas, ovários e próstata.
            A ingestão de alimentos ricos em vitamina E também deve ser feita diariamente. Comprovadamente, a vitamina ajuda a reduzir principalmente os calorões comuns no período pré-menopausa. A vitamina pode ser encontrada em óleos vegetais como o de girassol e azeite de oliva, semente de linhaça e de girassol, nozes, castanha do Pará, germe de trigo e vegetais folhosos.
Independente da idade em que a mulher se encontra, uma alimentação balanceada é o alicerce para uma boa saúde e quanto mais cedo ela começar a adotar hábitos de vida saudáveis, menos efeitos e transtornos relacionados a menopausa ela terá. 


Imagens:
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Fonte:
Matéria publicada no jornal A Gazeta do Iguaçu em 26/11/2010