terça-feira, 5 de outubro de 2010

Sódio: o vilão da sua saúde!

O sódio é um mineral que desempenha importantes papéis no organismo, mas em excesso, pode trazer prejuízos a saúde e ao emagrecimento.

O sal traz em sua composição o sódio (ligado ao Cloro, forma o Cloreto de Sódio), elemento químico envolvido na manutenção do equilíbrio de líquidos no corpo. Ele controla a quantidade de água que fica dentro e fora de nossas células, mantendo-as hidratadas na medida certa para que elas funcionem bem. O sódio atua também na transmissão de impulsos nervosos em todo corpo, permitindo assim o funcionamento do cérebro e o controle de nossas funções vitais. 

O aumento da quantidade de sódio no organismo provoca uma alteração no equilíbrio de líquidos e pode levar a hipertensão - aumento anormal da pressão arterial, que em casos crônicos, pode resultar em infarto e acidente vascular cerebral. Além disso, o excesso do mineral fará com que o corpo retenha mais líquido do que o necessário, prejudicando o emagrecimento e ocasionando inchaço nos tecidos (edema), aumentando também o aspecto "casca de laranja" da celulite. 

A OMS (Organização Mundial de Saúde) preconiza como ideal, a ingestão de 4 a 6 gramas de sal por dia (ou 2400 mg de sódio), mas estudos realizados no Brasil, indicam que este consumo pode chegar a 13g/dia. O sal não está presente somente nas preparações "salgadas". Pode parecer estranho, mas doces também podem conter sal ou sódio, já que ele é utilizado na indústria alimentícia como conservante. Grandes quantidades de sódio podem ser encontradas também em sopas e massas instantâneas, alimentos prontos congelados, embutidos (salame, salsicha, mortadela, queijos, linguiça), enlatados, conservas, e temperos e caldos industrializados. E atenção para quem está de dieta: alimentos light´s também podem ser ricos em sódio! Por isso, é importante ler os rótulos dos alimentos e comparar além das calorias e gordura, também a quantidade de sódio contidas em cada produto. 


Para reduzir a ingestão de sódio da sua alimentação, siga estas dicas:
  • Substitua o sal e os caldos industrializados das preparações por Temperos Naturais, eles realçam o sabor dos alimentos e não fazem mal à saúde;
  • Evite alimentos enlatados ou em conservas, prefira os alimentos in natura;
  • Troque refrigerantes e bebidas gaseificadas por sucos de frutas naturais;
  • Evite também os embutidos (salame, salsicha, mortadela, queijos, linguiça, hambúrgueres);
  • Leia os rótulos dos alimentos antes de comprá-los. Compare marcas e escolha sempre o produto com mais baixo teor de sódio;
  • Sopas instantâneas podem possuir uma quantidade de sódio muito grande, e apesar de terem poucas calorias, não são indicadas para dietas de emagrecimento. O ideal é o preparo de sopas e caldos caseiros;
  • Ao consumir massas instantâneas, evite utilizar o tempero em pó que vem junto com o produto. Faça um molho caseiro, além de mais saboroso, ficará muito mais saudável;
  • Evite deixar um saleiro a mesa. O excesso de sal nas refeições fará você sentir mais sede e procurar bebidas doces, para mascarar o efeito do sal;
  • Refeições de fast food´s também costumam conter uma boa quantidade de sódio, evite-as; 
Fontes:
SALGADO, Jocelem. O uso adequado do sal: a quantia certa. www.jocelemsalgado.com.br
www.alimentacaosaudavel.org.br
www.nutricaoemfoco.com.br
www.rgnutri.com.br
www.nutricaoempauta.com.br

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terça-feira, 28 de setembro de 2010

Como está a sua alimentação? As suas fezes denunciam!

Você sabia que as suas fezes podem denunciar uma má alimentação?

Atire a primeira pedra quem nunca teve uma infecção ou um simples transtorno intestinal após comer algo que não lhe "caiu bem". Este é um exemplo de que as fezes são o resultado do que comemos, e acredite, analisá-las é uma das melhores formas de identificar como anda a nossa alimentação. Se você tem "estômago fraco" ou não gosta muito do assunto, é melhor parar por aqui.

Em primeiro lugar, vamos entender melhor a formação do bolo fecal. Ele começa a ser formado na boca, assim que ingerimos e mastigamos um alimento. Após este processo de quebra do alimento, ele desce ao estômago através do tubo gástrico e lá é quebrado em partes menores para facilitar a digestão. Quem contribui para esta quebra é o suco gástrico, alí o alimento permanece por cerca de 2 horas. Dependendo do que você come e da quantidade, este tempo pode chegar até 4 horas. Do estômago, o alimento segue para o intestino delgado, onde ocorre grande parte da absorção dos nutrientes deste alimento. O que sobra, segue para o intestino grosso, onde ocorre a formação das fezes de fato. Lá, há uma grande perca de líquidos, cerca de 90% da água contida nas fezes é perdida, as fezes então se tornam uma massa dura, pronta para ser eliminada. Por isso a importância de ingerir bastante água para melhorar a consistência das fezes. 

Do que as fezes são formadas? 
  • A água é seu principal constituinte, correspondendo até 75% do volume das fezes (reforçando a importância da ingestão da água);
  • Bactérias que são responsáveis pela fermentação dos alimentos e causam os gases e o mau odor das fezes;
  • Materiais não digeridos, como as fibras, o sal, grãos não mastigados, celulose e muco intestinal. 
Agora vamos aprender a analisar as fezes. Para isto, utilizamos a Escala de Bristol, desenvolvida por Heaton e Lewis para a Universidade de Bristol, em 1997. As fezes são classificadas em 7 tipos, sendo que a considerada ideal é o tipo 4. 

Tipo 1 - Caroços duros e separados, difíceis de passar.
Este tipo indica que sua alimentação é pobre em fibras e água. Aumente a ingestão de água, sucos, chás, frutas com casca e bagaço, verduras, linhaça, granola, aveia, quinoa e cereais integrais. Evite carnes vermelhas, farinhas brancas, açúcares e laticínios. 

Tipo 2 - Em forma de salsicha, mas com pequenos caroços.
É um indicativo que as fezes permaneceram por muito tempo no cólon (transito lento), além disso há deficiência também de água e fibras. Assim como no tipo 1, você deve aumentar a ingestão de água, sucos, chás, frutas, legumes e verduras, além dos cereais integrais.

Tipo 3 - Em forma de salsicha, com pequenas fissuras na superfície.
Indica que o bolo fecal ainda está um pouco seco. Aumente a ingestão de líquidos e água.

Tipo 4 - Em forma de salsicha ou serpente, suave e macio.
Parabéns! Seu trânsito intestinal está ótimo. As fezes passam com facilidade e não causam desconfortos.

Tipo 5 - Bolhas suaves, com bordas nítidas.
É um indicativo que seu bolo fecal está se movendo mais rápido que o normal. Isto pode levar a carências nutricionais e desidratação. Aumente a quantidade de fibras solúveis provenientes dos legumes cozidos, grãos, aveia, cevada e frutas. O uso de probióticos pode auxiliar a regular o seu trânsito intestinal, mas deve ser feito com prescrição do nutricionista. 

Tipo 6 - Pedaços fofos, consistência pastosa.
Também é um indicador de trânsito intestinal muito rápido. Significa que a água foi mal-reabsorvida e também pode causar carências nutricionais e desidratação. Além disso, pode ser um sinal de intolerâncias alimentares e/ou um desequilíbrio na flora bacteriana intestinal. Evite frutas e legumes crus, prefira os cozidos. Um acompanhamento nutricional com utilização de probióticos pode ser benéfica, mas exames devem ser realizados para descartar qualquer patologia como alergias ou intolerância alimentar. 

Tipo 7 - Sem forma, totalmente líquido.
Provavelmente é resultado de uma infecção. Você deve procurar um médico para fazer um diagnóstico. Tenha uma alimentação leve, sem gorduras, frituras, açúcares e laticínios. Consuma alimentos cozidos, caldos, sopas, líquidos, e água para hidratar. 


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segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Não como. Logo, não emagreço!

Deixar de comer é um erro. Comer bem e com qualidade é a escolha certa!


Atualmente, a idéia de emagrecimento vai muito além de reduzir peso na balança. O processo de emagrecer deve incluir principalmente, a redução de gordura corporal. É cada vez mais comum nos consultórios, o  aparecimento de indivíduos aparentemente magros com uma porcentagem de gordura muito alta. Sabe-se que a quantidade de gordura corporal pode influenciar o aparecimento de doenças cardiovasculares e dislipidemias, portanto, reduzir esta gordura é o foco principal da dieta de emagrecimento.  

Muitos pacientes tem a mesma reclamação quando chegam ao consultório: não como (ou como pouco) e não emagreço! Algumas avaliações devem ser feitas: o que é comer pouco para você? É comer poucas vezes ao dia ou comer em pouca quantidade? Não comer, é ficar um longo período em jejum, e "exceder" na única refeição diária? 

Desequilíbrios hormonais, podem sim estar relacionados ao excesso e ao ganho de peso, mas não é o fator predominante. Stress, consumo frequente de bebidas alcoólicas, sedentarismo e ansiedade, são fatores que podem dificultar ainda mais o processo de emagrecimento. Por isso, cada caso deve ser avaliado separadamente. O ato de não comer, permanecer em jejum prolongado ou comer pouco, e mal, ainda é o maior erro de quem quer e precisa emagrecer.

JEJUM PROLONGADO
  • O organismo diminui o gasto energético, para "sustentar" o corpo no período de jejum;
  • Você perderá mais massa magra ao invés de gordura;
  • Na primeira oportunidade, vai ultrapassar a quantidade calórica diária necessária para seu organismo;
  • Sua ansiedade aumentará, você pode ficar mais irritado, fraco e cansado para realizar suas atividades;
  • Pode ocorrer uma deficiência de nutrientes, levando ao surgimento de doenças;
  • O jejum pode causar mau hálito, decorrente da acidose metabólica.
COMER 1 OU 2 VEZES AO DIA
  • Assim como no jejum, o organismo reduz o gasto energético;
  • Certamente, você fará uma refeição muito calórica, para "compensar" o período sem comer, logo, a qualidade do que você come fica comprometida;
  • Você não alcançará as quantidades necessárias de vitaminas e sais minerais para a manutenção da saúde;
  • Seu organismo fica mais propenso ao surgimento de doenças do sistema imune;
  • A ingestão de fibras fica comprometida e seu trânsito intestinal não será ideal;
  • A ingestão de uma grande refeição prejudicará sua digestão, fazendo com que o alimento fique mais tempo no estômago, ocasionando reações desagradáveis, como gases, arrotos e cólicas abdominais;
  • Se você é praticante de modalidades esportivas ou academia pode vir a se sentir fraco e cansado durante o treino.
FRACIONAR AS REFEIÇÕES
  • Fazer pelo menos 2 refeições maiores (café da manhã e almoço) e 2 ou 3 menores (lanches);
  • O ideal são 5 ou 6 pequenas refeições diárias;
  • Você pode optar por uma fruta nos intervalos das grandes refeições (lanches). Elas tem baixa quantidade de calorias e oferecem nutrientes e fibras necessários para a manutenção da saúde;
  • Não deixe de ingerir água nestes intervalos;
  • Fixe horários para se alimentar. Alterações nos horários das refeições podem atrapalhar a dieta;
  • Fracionar as refeições evita que você faça refeições muito grandes e exageradas, pois você se sentirá saciado o dia todo;
  • Você não corre o risco de ter dores abdominais pelo excesso;
  • Se for comer fora de casa, opte por restaurantes do tipo buffet, para que você tenha mais opções para escolher os alimentos certos;
  • Evite comer com pressa, ou em frente a televisão. Por estar distraído, você pode comer mais do que o necessário;
  • Procure um profissional para lhe indicar os alimentos certos para você. Nem sempre sua idéia de saudável está correta.

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