segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Saúde da Mulher - Menopausa

A menopausa é uma fase na vida de toda mulher que se caracteriza pelo fim do período fértil e pela redução de produção dos hormônios estrógeno e progesterona. Os primeiros sintomas começam a surgir entre 2 a 4 anos antes da última menstruação e este período é chamado de pré-menopausa ou climatério. Nesta fase começam a aparecer sintomas como irregularidade nos ciclos menstruais, diminuição nos níveis dos hormônios sexuais e presença de alguns sintomas como suores noturnos, ondas de calor, perda da lubrificação vaginal, depressão, irritabilidade, ansiedade e insônia. 
            A alimentação da mulher nos anos que antecede a menopausa e durante ela é fundamental para o equilíbrio dos sintomas e a prevenção de doenças relacionadas ao período. À medida que a produção de estrógeno cai, as taxas de colesterol e triglicérides no sangue tendem a aumentar e a absorção e a captação do cálcio pelos ossos ficam prejudicadas. Desse modo, surgem os riscos para o desenvolvimento das doenças cardiovasculares e de osteoporose. Além disso, há um comprometimento na produção de colágeno, que acarretará na perda de elasticidade da pele e dos vasos sangüíneos bem como há diminuição da massa muscular e o aumento da concentração de gordura na região abdominal (gordura localizada). Por este motivo, indica-se a diminuição de calorias ingeridas e uma dieta com baixa quantidade de açúcar, gordura e sódio (sal).
            Além da alimentação, a adoção de hábitos de vida saudáveis também são importantes. Deve-se adotar a prática de exercícios físicos regulares, manutenção de um peso adequado e restrição de álcool e do fumo. A pressão arterial, glicemia, os níveis de colesterol e triglicérides devem ser monitorados e acompanhados regularmente, assim como as consultas ao médico e ao nutricionista.
            De acordo com estudos, alguns alimentos específicos podem ser empregados neste período para ajudar a reduzir sintomas do climatério e menopausa. O mais conhecido é a soja, rica em isoflavonas, que são fitoestrógenos com semelhança estrutural do estrógeno. As evidências indicam que seu consumo parece amenizar as ondas de calor (fogachos) e auxiliar na redução dos níveis de colesterol, entretanto seu uso deve ser prescrito e acompanhado por profissional da saúde habilitado.
            Outro alimento importante para a mulher nesta fase é a linhaça. Pesquisas apontam que a ingestão diária da semente pode ajudar a aliviar alguns sintomas. A linhaça é rica em ácidos graxos Ômega 3, sais minerais e vitaminas. Além disso, auxilia na regularização do intestino, aumenta a atividade do sistema imunológico, além de possuir uma substância que protege contra tumores de mamas, ovários e próstata.
            A ingestão de alimentos ricos em vitamina E também deve ser feita diariamente. Comprovadamente, a vitamina ajuda a reduzir principalmente os calorões comuns no período pré-menopausa. A vitamina pode ser encontrada em óleos vegetais como o de girassol e azeite de oliva, semente de linhaça e de girassol, nozes, castanha do Pará, germe de trigo e vegetais folhosos.
Independente da idade em que a mulher se encontra, uma alimentação balanceada é o alicerce para uma boa saúde e quanto mais cedo ela começar a adotar hábitos de vida saudáveis, menos efeitos e transtornos relacionados a menopausa ela terá. 


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Fonte:
Matéria publicada no jornal A Gazeta do Iguaçu em 26/11/2010

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Dieta pré e pós cirurgia plástica

A intervenção cirúrgica para a estética está no auge da sua popularidade. Novas técnicas e preços cada vez mais acessíveis dão um “empurrão” para quem quer deixar o corpo esculpido e eliminar as gordurinhas rapidamente. Engana-se, porém, quem acredita que se verá livre de disciplina e controle à mesa após uma cirurgia estética. As técnicas cirúrgicas visam retirar as gorduras localizadas e não o emagrecimento.
Indica-se que o paciente passe por uma educação nutricional pré-cirúrgica, para que perca peso e se acostume com a dieta que fará após a cirurgia.  Uma alimentação equilibrada em nutrientes, fibras e água deve ser aliada à exercícios físicos regulares e a perda de peso acompanhada por um profissional capacitado. Nem todos os pacientes precisam emagrecer nesta fase, muitas vezes a mudança de hábitos alimentares já é suficiente, por isso, o ideal é que se faça uma avaliação com o nutricionista antes de planejar a cirurgia.
Muitos pacientes reclamam que voltam a acumular gordura ou ganham peso poucos meses após a cirurgia. Isso ocorre geralmente por falta de disciplina e pela falsa idéia de que o ato cirúrgico impedirá que se ganhe peso pelo resto da vida. Por isso, o acompanhamento nutricional pós-cirurgia é fundamental para a manutenção do peso corporal, cicatrização e diminuição do edema – inchaço comum nos primeiros dias.

Após a intervenção cirúrgica indica-se uma dieta leve, rica em fibras e água para melhorar o trânsito intestinal que tende a ficar lento, hidratar o corpo e reduzir o inchaço. Gorduras e açúcar devem ser evitados, assim como os refrigerantes, chocolates, carnes gordas e frituras. O sal ou alimentos com excesso de sódio como os caldos prontos, embutidos e refeições congeladas devem ser evitados, pois o mineral tende a reter líquido corporal, aumentando o edema. A prática de exercícios físicos após a cirurgia deverá ser liberada pelo médico.
Geralmente, após 3 meses, o paciente pode voltar a ingerir alguns destes alimentos, mas deve ficar de olho na balança. Com a retirada de gordura de uma área específica do corpo como o abdômen, por exemplo, a gordura que se acumulará após a cirurgia tende a se concentrar em outras regiões como braços e pernas, deixando o formato do corpo desproporcional. 


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Fonte: Matéria publicada no Jornal A Gazeta do Iguaçu em 19/11/2010

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Nutrição x Puberdade Precoce

A puberdade precoce é o início do desenvolvimento sexual secundário, ocorrido antes dos 8 anos de idade. Os sintomas são os mesmo da puberdade normal, que deve ocorrer a partir dos 9 anos de idade. Nas meninas, verifica-se o aumento das mamas, pêlos pubianos e axilares, odor axilar, crescimento acelerado, além de aumento da oleosidade da pele, espinhas e acne. Os meninos costumam ter aumento dos testículos, pêlos pubianos e axilares, odor axilar, alteração do comportamento com tendência à agressividade, crescimento acelerado, espinhas, acne e alteração no timbre de voz. 
Uma pesquisa realizada por uma rede de laboratórios particulares no Paraná mostrou que quase 90% das crianças observadas desenvolviam a chamada puberdade precoce. Uma das razões que preocupam os pesquisadores é o fato de que o adiantamento da menarca (primeira menstruação) pode aumentar o risco para o desenvolvimento do câncer de mama.
A alimentação inadequada pode ser um dos principais fatores causadores da puberdade precoce. Na pesquisa paranaense, verificou-se que o Índice de Massa Corpórea (IMC) das meninas avaliadas, está acima da média, ou seja, quanto mais próxima da faixa para obesidade, maior a probabilidade da menarca antecipado.
O excesso de hormônios nos alimentos, e o consumo indiscriminado destes produtos também podem acelerar o processo. Dentre os alimentos com quantidade hormonal elevados, estão as carnes e a soja. Atualmente, o consumo de soja é excessivo na infância, tanto pela facilidade de aquisição, quanto pela divulgação do seu “poder benéfico” a saúde. Mas muitas pesquisas vêm relacionando seu excesso a problemas reprodutivos, baixo desenvolvimento físico e cognitivo e puberdade precoce. Estes problemas estão relacionados ao excesso de fitoestrógenos encontrados na planta.
Outros alimentos com excesso de gordura de origem animal e açúcares também são prejudiciais no desenvolvimento infantil. Por isso, a adequação da dieta da criança e a manutenção do peso corporal são fundamentais para evitar o surgimento da puberdade precoce.
Deve ser adotada uma dieta rica em frutas, verduras e legumes, grãos, cereais integrais e carnes magras. Além disso, a ingestão de água e a prática de atividades físicas também são importantes. 


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Fonte:
Matéria publicada no Jornal A Gazeta do Iguaçu em 08/11/2010