A puberdade precoce é o início do desenvolvimento sexual secundário, ocorrido antes dos 8 anos de idade. Os sintomas são os mesmo da puberdade normal, que deve ocorrer a partir dos 9 anos de idade. Nas meninas, verifica-se o aumento das mamas, pêlos pubianos e axilares, odor axilar, crescimento acelerado, além de aumento da oleosidade da pele, espinhas e acne. Os meninos costumam ter aumento dos testículos, pêlos pubianos e axilares, odor axilar, alteração do comportamento com tendência à agressividade, crescimento acelerado, espinhas, acne e alteração no timbre de voz.
Uma pesquisa realizada por uma rede de laboratórios particulares no Paraná mostrou que quase 90% das crianças observadas desenvolviam a chamada puberdade precoce. Uma das razões que preocupam os pesquisadores é o fato de que o adiantamento da menarca (primeira menstruação) pode aumentar o risco para o desenvolvimento do câncer de mama.
A alimentação inadequada pode ser um dos principais fatores causadores da puberdade precoce. Na pesquisa paranaense, verificou-se que o Índice de Massa Corpórea (IMC) das meninas avaliadas, está acima da média, ou seja, quanto mais próxima da faixa para obesidade, maior a probabilidade da menarca antecipado.
O excesso de hormônios nos alimentos, e o consumo indiscriminado destes produtos também podem acelerar o processo. Dentre os alimentos com quantidade hormonal elevados, estão as carnes e a soja. Atualmente, o consumo de soja é excessivo na infância, tanto pela facilidade de aquisição, quanto pela divulgação do seu “poder benéfico” a saúde. Mas muitas pesquisas vêm relacionando seu excesso a problemas reprodutivos, baixo desenvolvimento físico e cognitivo e puberdade precoce. Estes problemas estão relacionados ao excesso de fitoestrógenos encontrados na planta.
Outros alimentos com excesso de gordura de origem animal e açúcares também são prejudiciais no desenvolvimento infantil. Por isso, a adequação da dieta da criança e a manutenção do peso corporal são fundamentais para evitar o surgimento da puberdade precoce.
Deve ser adotada uma dieta rica em frutas, verduras e legumes, grãos, cereais integrais e carnes magras. Além disso, a ingestão de água e a prática de atividades físicas também são importantes.
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Fonte:
Matéria publicada no Jornal A Gazeta do Iguaçu em 08/11/2010