terça-feira, 26 de julho de 2011

Alergias Alimentares

     A Alergia Alimentar é uma Reação Adversa a determinado alimento. Envolve um mecanismo imunológico e tem apresentação clínica muito variável, com sintomas que podem surgir na pele, no sistema gastrintestinal e respiratório. É muito comum que haja confusão entre alergia alimentar e intolerância alimentar. Apesar de apresentarem alguns aspectos parecidos na sintomatologia, suas causas são bem distintas. Ao contrário de uma reação alérgica onde o sistema imunológico é ativado e lança uma resposta, a intolerância a alimentos pode ocorrer pela falta de uma enzima necessária para a digestão desse alimento. Por exemplo, pessoas que não produzem lactase, enzima responsável pela digestão da lactose (açúcar do leite) não toleram alimentos com leite. Essa dificuldade de digerir o leite poderá resultar em sintomas desagradáveis, mas não significa uma alergia. Já a alergia alimentar resulta de uma resposta exagerada do organismo a determinada substância presente nos alimentos. 

    
     Pacientes que possuem alguma doença alérgica tem mais probabilidade de possuir alguma alergia alimentar ao longo da vida. Qualquer alimento pode desencadear reação alérgica. No entanto, o leite de vaca, ovo, soja, trigo, peixe e crustáceos são os mais envolvidos. Os sintomas mais comuns são urticárias, vômitos, dores abdominais, diarréias, inchaço, enxaqueca, tosse, deficiência respiratória e casos mais severos podem levar ao choque. 
     O diagnóstico da alergia depende de história clínica minuciosa associada a dados de exame físico que podem ser complementados por testes alérgicos. Mas nem sempre os testes que demonstram a presença de sensibilização alérgica (anticorpo IgE) tem relação direta com manifestações clínicas. Eles apontam os alimentos suspeitos de causar alergia naquele paciente. Quando houver associação nítida entre ingestão do alimento e surgimento de manifestação clínica, os exames positivos podem ser considerados como diagnósticos de sensibilização (alergia) ao alimento. Quando a relação entre ingestão e o quadro clínico não for tão evidente é necessário confirmar através de teste de provocação oral. Neste caso, os alimentos são introduzidos em quantidades crescentes e o médico especialista avalia a repercussão clínica da ingestão do alimento suspeito. 
     Não existe medicamento específico para alergias alimentares. Antialérgicos podem ser administrados para reduzir os sintomas da crise alérgica, mas é muito importante que o alimento alergênico seja excluso da dieta, e substituído por outros alimentos de igual valor nutricional. É importante também ler atentamente os rótulos dos alimentos para evitar a ingestão de algum produto industrializado que contenha o alergênico. 

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Fontes:
Associação brasileira de alergia e imunopatologia ASBAI
Cocco, Renata Rodrigues et al. Abordagem laboratorial no diagnóstico da alergia alimentar. Rev. Paul Pediatr 2007; 25(3):258-65. Disponível em: www.scielo.br

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Medicamentos emagrecedores e seus efeitos à saúde

     A busca incessante por um corpo perfeito e a dificuldade de se adaptar a uma dieta, exercícios e novos hábitos alimentares leva muitas pessoas a procurar métodos mais "rápidos" para emagrecer, sem se preocupar com os efeitos que esses métodos podem causar a saúde. A maioria dos medicamentos para emagrecer agem no sistema nervoso central inibindo a fome e dando maior sensação de saciedade. Apesar de a Anvisa estar aumentando a fiscalização de venda e prescrição destes medicamentos no Brasil, a sua comercialização é livre nos países vizinhos, facilitando o acesso à população. Porém, muitos medicamentos comercializados fora do Brasil não possuem inspeção sanitária e não apresentam garantias de boa qualidade e procedência. 
     É muito importante que os emagrecedores sejam prescritos por um médico especialista e acompanhado o uso também por um nutricionista, para monitorar a perca de peso e os efeitos destes medicamentos no organismo, pois cada indivíduo pode apresentar uma resposta diferente à medicação. Os principais efeitos colaterais dos anorexígenos são a hipertensão arterial e palpitações - principalmente se houver histórico familiar, irritabilidade, depressão, confusão mental, insônia, náuseas, vômitos, constipação e/ou diarréia e em alguns casos podem causar surtos psicóticos, alucinações e depressão grave. 
     A entrevista abaixo relata a história de uma paciente que fez uso de um medicamento para emagrecer mesmo sem precisão, e por pouco não teve graves sequelas dos efeitos que a medicação causou ao seu organismo.

Parte 1:


Parte 2:

Leia mais sobre emagrecedores no blog: http://www.draramispedroteixeira.blogspot.com

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Sistema Imunológico e Alimentação

     
     O sistema imunológico é uma complexa rede de tecidos, órgãos, células e substâncias que protegem o nosso corpo de infecções e doenças. Constantemente o nosso corpo hospeda milhões de microorganismos (bactérias, vírus e fungos), que em algumas situações são até benéficos, em outras, não são, causando muitas vezes processos infecciosos. Esses microrganismos benéficos competem com os oportunistas, não deixando que estes últimos se multipliquem. A melhor defesa contra eles é ter um sistema imunológico fortalecido, cujo organismo é capaz de lutar contra esses invasores. É possível observar que a imunidade está baixa quando o organismo é  alvo de infecções e inflamações decorrentes que podem começar pequenas e se tornar mais sérias.
     Estudos têm mostrado que a alimentação regrada e alguns nutrientes específicos podem beneficiar a resposta imunológica, os quais devem ser priorizados em fases mais intensas de treinamento. Os alimentos contêm substâncias bioativas que podem estimular o sistema imunológico, aumentando a resistência aos microrganismos. Algumas substâncias presentes nos alimentos atuam no organismo de maneira a catalisar e potencializar o sistema imunológico, tais como: vitaminas, minerais e enzimas, que devem ser consumidas periodicamente. 
     As principais vitaminas e minerais que atuam fortalecendo nosso sistema imunológico são as vitaminas A, C, E e ácido fólico e os minerais zinco e selênio. Como fonte de vitamina A podemos citar a cenoura, a abóbora, o tomate e o brócolis. Já a vitamina C pode ser encontrada nas frutas cítricas, na acerola e no morango. As frutas oleaginosas como castanhas, nozes e amêndoas são ricas em vitamina E e Selênio, portanto devem ser ingeridas diariamente. Já o ácido fólico pode ser encontrado nos feijões e nos vegetais verdes escuros como brócolis, couve-manteiga e espinafre. Peixes, carnes e leite são ótimas fontes de Zinco.
     Além dessas vitaminas, alimentos chamados de probióticos – alguns iogurtes e leites fermentados - também tem ação benéfica no sistema imune. As ações dos probióticos no sistema imunológico consistem em estimular a produção de alguns fatores imunológicos e a modulação de outros.
     Um indivíduo que mantém uma alimentação equilibrada em nutrientes e ingere diariamente frutas, verduras e legumes, está trabalhando para manter seu sistema imunológico fortalecido. 

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Fontes:
Santos, Andréia Sena Silva. Nutrição e Sistema Imunológico.
Salgado, Jocelem Mastrodi. Alimentos que fortalecem o Sistema Imunológico
www.rgnutri.com.br
www.nutrisport.com.br